Dúvidas Biblicas
É Certo Dizer Está Amarrado?
Tenho ouvido críticas a respeito da expressão “está amarrado”, usada pelos pentecostais em suas palavras de ordem contra o Diabo e seus demônios. Dizem que um espírito não pode ser amarrado; que amarram-no com um nó bastante frouxo que não consegue segurá-lo, etc.
Se levarmos em conta a interpretação literal do verbo “amarrar”, é evidente que a expressão é mal usada com relação às hostes da maldade. O Diabo e seus anjos decaídos são seres espirituais e como tal não podem ser literalmente amarrados ou guardados num cofre, ainda que hermeticamente fechado.
O verbo `amarrar´ tem significados vários em nossa língua. Segundo o Aurélio, usa-se também com o sentido de “opor obstáculos a”; “dificultar”; “estorvar”; “entravar”; “sujeitar”. Compreende-se, pois, que a palavra de ordem que “amarra” Satanás intenta pôr tropeços, pôr freios à sua ação maldosa; objetiva dificultar seus intentos malignos.
Ao ouvir o “está amarrado, em nome de Jesus”, o Diabo é atingido por uma granada de efeito devastador. Não para exterminá-lo ou amarrá-lo, mas para colocar por terra suas obras e impedir seus avanços. O pior é não dizer nada e não expulsar demônios. O Diabo adora uma igreja que não mexe com ele. Jesus corrobora esse raciocínio. Referindo-se a Satanás, o valente, Ele declarou:
“Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa” (Mt 12.29).
O verbo `maniatar´ é usado com o sentido de “atar mãos de”; “impedir os movimentos de”; “privar da liberdade”; “subjugar, prender, ligar, amarrar”. Portanto, Jesus ensinou que Satanás precisa ser amarrado em suas más intenções, manietado, subjugado.
“De joelhos e mãos para trás, em nome de Jesus” – Os endemoninhados recebem essa ordem e ficam literalmente amarrados em suas pretensões de dar um show no ambiente. Ficam quietos, mansos e obedientes.
À vista do exposto, não considero que o `está amarrado´ seja uma expressão completamente fora do contexto bíblico e sem nenhum efeito prático.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
|
Por que Daniel não foi Jogado na Fornalha de Fogo Ardente?
O reino de Babilônia era dividido em províncias. Daniel foi nomeado governador sobre todas as províncias e permaneceu na capital do império. Atendendo a um pedido seu, o rei concordou que seus companheiros assumissem cargos políticos importantes no reino e, por isso, separaram-se: “E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Dn 2.49).
A imagem do rei Nabucodonosor foi levantada no campo de Dura, distante cerca de dez quilômetros da Babilônia. Tudo indica que Daniel não estava presente ou foi dispensado de ter de demonstrar sua lealdade ao rei devido à sua elevada posição.
Quem Foi a Mulher de Caim?
A Bíblia não menciona quem foi a companheira de Caim. Entendo a sua curiosidade. Certamente você quer saber o seguinte: - Se depois da morte de Abel só ficou CAIM, com quem este teria se casado? Como a humanidade se multiplicou?
Adão viveu novecentos e trinta anos (Gn 5.5). Muitos outros filhos gerou. O filho de nome "Sete" foi gerado quando Adão tinha cento e trinta anos. Sete gerou muitos filhos e filhas. A Bíblia só menciona os nomes dos homens. Portanto, ao tempo em que viviam Caim e Abel, já existiam muitos filhos, homens e mulheres. Deus permitiu no início que houvesse casamento entre parentes próximos (entre irmãos, entre tios, sobrinhos, etc). Não havia outro meio de multiplicar a espécie. A Teoria da Evolução da Espécie diz, todavia, que o ancestral do homem foi o macaco, e o da mulher, uma macaca. Tal tese se contrapõe à teoria bíblica da Criação. Deus criou primeiramente os animais; depois criou o homem. Se Deus quisesse que os homens fossem produto de uma evolução, teria criado apenas os animais. A partir destes, os homens surgiriam normalmente.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
Paulo Mandou Entregar Obreiros a Satanás?
“E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).
Timóteo, um obreiro ainda bem jovem, estava enfrentando sérios problemas na igreja de Éfeso. Por conta disso, o apóstolo Paulo lhe escreveu uma carta encorajando-o a manter a ordem entre os irmãos. Os falsos mestres estavam deturpando os ensinos originais nos quais a igreja tinha sido instruída e, entre os tais, Paulo cita dois nomes: Himeneu e Alexandre. Quando recebeu o ministério eclesiástico pela imposição das mãos do presbitério, o jovem Timóteo recebeu juntamente a responsabilidade de combater as heresias que possivelmente surgiriam no seio da igreja (1Tm 1.18; 4.14; 6.12). Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles dois falsos obreiros se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O contexto sugere que esses obreiros estavam envolvidos com questões pertinentes ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em 2Timóteo 2.17,18 como que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido, alegorizando-a e minando a esperança futura dos irmãos. A sentença para esses obreiros seria que fossem “entregues a Satanás”, o que a maioria dos teólogos entende como uma espécie de disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este procedimento visava tanto a correção como a punição. Quanto a este fato, a Bíblia de estudo de Genebra afirma o seguinte:
“Portanto, foram devolvidos ao mundo – domínio de Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2)”.
No mesmo sentido, a Bíblia de estudo Pentecostal considera:
“Ser desligado da Igreja; por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e satânicos (Jó 2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”.
Fonte: ICP Responde
|
Vinho Embriagante na Ceia do Senhor: Correto?
O Vinho nos Tempos do Novo Testamento
Vinho fermentado ou não fermentado? Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para “vinho”, em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva: (1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.
(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco de uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13). (a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: “Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]” (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem “jarros de vinho” [oinos] (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3-4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro (P.Oxy, 729; 137 d.C.), fala de “vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer” (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10). (e) Ateneu (200 d.C.) fala de um vinho [oinos] doce, que “não deixa pesada a cabeça” (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas “acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo” (1.54). Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: “O emprego da Palavra Vinho no Antigo Testamento”. (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas, 1979).
(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego cerca de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias palavras hebraicas que significam vinho. Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.
(3) Quanto à literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado. Em Efésios 5.18, o mandamento: “não vos embriaguez com vinho [oinos] refere-se ao vinho alcoólico. Por outro lado, em Ap 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar. O texto grego diz: “Ele pisa o lagar do vinho” [oinos]; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10; Jr 48.32,33). Em Ap 6.6, oinos refere-se às uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída. Logo, para os crentes dos tempos do NT, “vinho” (oinos) era uma palavra que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.
(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes, vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação. (a) Columela (Da Agricultura, 12.29, sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira: “Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções: Depois de aplicar a prensa às uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora fica acima da superfície. Tire a ânfora depois de quarenta dias. O suco permanecerá doce durante um ano” (ver também Columela: Agricultura e Árvores; Catão: Da Agricultura). O escritor romano Plínio (século I d.C.) escreve: “Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala” (Plínio , História Natural, 14.11.83). Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; Sl 65.9-13). (b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é fervê-las e fazer um xarope (para mais detalhes, ver o próximo estudo “O Vinho nos Tempos do Novo Testamento”). Historiadores antigos chamavam esse produto de “vinho” (oinos). O Cônego Farrar (Smith´s Bible Dictionary), p. 747) declara que “os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes”. Ainda, O Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665) observa que “sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro”.
O uso do Vinho na Ceia do Senhor
Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)? Os dados abaixo levam à conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.
(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra “vinho” (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão “FRUTO DA VIDE” (Mt 26.29; Mc 14.25, Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira [não é “fruto da vide”].
(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Ex 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Ex 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador. Seor, no mundo antigo, era frequentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Êx 12.19; 13.7). Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1 Co 5.7,8). Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17). Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.
(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados na videira durante a Páscoa. Aqueles que sustentam uma interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Ex 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.
(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT. Por exemplo: “Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder (ver “Jesus”, The Jewish Encyclopaedia, edição de 1904, V.165).
(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9). Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).
(6) O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1 Pe 1.18-19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.
(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador “da maldade e da malícia”, porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-8). Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as exigências bíblicas para dela participarmos (Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal, p.1517-19).
Portanto, o suco de uva não embriagante e não fermentado é a bebida mais apropriada para representar o sangue de Jesus na Ceia do Senhor. Por coerência, o pão, representativo do corpo de Cristo, deve ser sem fermento. O vinho fermentado é uma bebida alcoólica. Um sacerdote que tome vários goles de vinho dessa natureza por dia, em celebrações várias, tende a se tornar viciado. Qualquer espécie de bebida que contenha álcool é considerada uma droga, capaz de levar a dependência. A cachaça, por exemplo, é uma droga. Os ex-alcoólatras são orientados para não tomarem o primeiro gole, a fim de não desencadear um impulso incontrolável. O fornecimento de bebida embriagante a irmãos nessa situação, por ocasião da Ceia, seria desaconselhável.
Estudo correlato: “O Pão, o Vinho e o Corpo de Jesus”
Autor: Desconhecido
Jr 7.16 Ensina Que Não Devemos Orar Por Certas Pessoas?
“Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque eu não te ouvirei”. Jeremias 7.16
Em primeiro lugar, é necessário separar a dispensação da lei da dispensação da graça. Na lei, erros e pecados sucessivos eram reputados como impeditivos da assistência divina, conforme Deus explicita pelo profeta Isaías (Is 59.2). Judeus de todas as partes de Judá e Jerusalém (7.1-15) andavam cometendo toda a sorte de transgressão sem qualquer escrúpulo para com a lei de Deus. E, para a época e o povo em questão, esse comportamento não seria admitido pelo Senhor, ainda que o profeta intercedesse, desde que, é claro, não houvesse arrependimento. O advento da graça, no entanto, não herdou este rigor, principalmente no que tange aos gentios, uma vez que é exatamente para que os gentios venham ao arrependimento que o próprio Senhor Jesus nos conclama a rogar a Deus por estas pessoas (Cf. Mt 5.44; Lc 6.28).
Fonte: ICP
|
Em Êxodo 25.17-22,
Deus está permitindo a adoração
de imagens?
“Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório” (Êx 25.18).
Segundo os apologistas do catolicismo romano, o texto em referência comprova a liberação para a adoração de imagens. Dizem que se Deus ordenou que se fizessem esculturas de querubins, logo, isso significaria que eles podem e devem ser adorados. Perguntam: “Por que Deus mandaria construir aquelas imagens se não fosse com o objetivo de serem adoradas?”.
Um dos mais importantes conselhos que a hermenêutica nos confere, a fim de nos auxiliar na correta interpretação textual, é que nunca devemos interpretar um texto sem observar seu contexto. No caso em questão, como Deus poderia permitir a adoração de imagens, considerando que em todo o contexto bíblico Ele a proíbe? (Êx 20.23; 34.17; Dt 9.12; Hc 2.18; 1Jo 5.21, etc). Ou Deus está se contradizendo ou o catolicismo romano está vendo no texto bíblico algo que não existe (eixegese). Logicamente, Deus não se contradiz, pois sua natureza é divina e o Senhor não é como o ser humano (Nm 23.19; Is 45.12; Os 11.9). Resta-nos, então, a segunda alternativa.
É importante entender que não há nenhuma oposição bíblica quanto a alguém possuir em casa uma escultura, uma obra de arte, e utilizá-la para fins decorativos. Ou, ainda, quanto a alguém carregar consigo a foto de um parente. Absolutamente. Mas daí a venerar ou adorar tais objetos há uma distância abissal e constitui idolatria, o que é terminantemente proibido por Deus (Êx 20.4,5).
Algumas imagens que Deus mandou confeccionar não tinham por objetivo elevar a piedade de Israel e tampouco serviam de modelo para reflexão ou conduta. Eram apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou fazer a Arca da Aliança; mandou confeccionar figuras de querubins no Tabernáculo e no Templo (Êx 25.10-16; 1Rs 6.23-29), além de outros ornamentos (1Rs 7.15-50). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou veneradas, ou vistas como objetos de devoção ou adoração. Se os filhos de Israel tivessem adorado, cultuado ou venerado esses objetos, Deus, sem sombra de dúvida, teria mandado destruí-los, como aconteceu com a serpente de bronze (2Rs 18.4).
Fonte: ICP Responde
Logicamente, não está em pauta aqui o deixar de evangelizar ou cumprir uma tarefa missionária, pois, caso fosse, haveria contradição bíblica (Mt 28.19; Mc 16.15; etc.).
É necessário lembrar que, para os judeus, os dois animais alistados (cães e porcos) são considerados impuros e, no caso dos porcos, mais especificamente, o Antigo Testamento condena até mesmo seu uso como alimentação (Lv 11.7). A expressão “não deis aos cães as coisas santas” parece ser uma alusão ao ato do sacerdote de lançar a carne do sacrifício (holocausto) para que os cães a comessem. Por seu turno, a expressão “deitar aos porcos as pérolas” aludiria à atitude de um homem rico que joga as “pequenas pérolas”, que tinham aparência semelhante às ervilhas e milhos, para que os porcos as comessem.
Por esse contexto (e atualizando sua mensagem), entendemos que Jesus se referia às pessoas que apreciam levantar dúvidas a respeito da fé cristã e da inerrância das Escrituras: “as pérolas”, as “coisas santas”. São os incrédulos ou os ateus, ou até mesmo meros zombadores do evangelho. A estes, a conversão ao evangelho de Jesus Cristo, a não ser pela atuação do Espírito Santo (Jo 16.7,8), é quase impossível. Logo, depreendemos que, para algumas pessoas, este evangelho do reino está limitado, restrito, pelo fato de elas não crerem. E não somente isso. Mas também por propagarem abertamente, de forma escarnecedora e por todos os meios possíveis, que o evangelho não passa de uma farsa e que a religião é um grande mal à sociedade, semelhante ao que disse Karl Marx, quando declarou que “a religião é o ópio do povo”. Em nosso caso, o protestantismo evangélico, pois não estamos tratando meramente de religião, mas do evangelho puro e genuíno de Cristo Jesus, cujo poder pode salvar a humanidade pecadora (Mt 1.21; At 4.12).
O precioso evangelho de Cristo, entendido claramente por aqueles que o aceitam como Salvador, não deve estar suplantado debaixo dos pés dos incrédulos, cuja intenção é zombar da fé cristã. Russel Champlin, acerca da continuação do versículo em questão, comenta de forma equilibrada:
Coisas Santas aos Cães e
Pérolas aos Porcos?
“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem” (Mt 7.6).
Logicamente, não está em pauta aqui o deixar de evangelizar ou cumprir uma tarefa missionária, pois, caso fosse, haveria contradição bíblica (Mt 28.19; Mc 16.15; etc.).
É necessário lembrar que, para os judeus, os dois animais alistados (cães e porcos) são considerados impuros e, no caso dos porcos, mais especificamente, o Antigo Testamento condena até mesmo seu uso como alimentação (Lv 11.7). A expressão “não deis aos cães as coisas santas” parece ser uma alusão ao ato do sacerdote de lançar a carne do sacrifício (holocausto) para que os cães a comessem. Por seu turno, a expressão “deitar aos porcos as pérolas” aludiria à atitude de um homem rico que joga as “pequenas pérolas”, que tinham aparência semelhante às ervilhas e milhos, para que os porcos as comessem.
Por esse contexto (e atualizando sua mensagem), entendemos que Jesus se referia às pessoas que apreciam levantar dúvidas a respeito da fé cristã e da inerrância das Escrituras: “as pérolas”, as “coisas santas”. São os incrédulos ou os ateus, ou até mesmo meros zombadores do evangelho. A estes, a conversão ao evangelho de Jesus Cristo, a não ser pela atuação do Espírito Santo (Jo 16.7,8), é quase impossível. Logo, depreendemos que, para algumas pessoas, este evangelho do reino está limitado, restrito, pelo fato de elas não crerem. E não somente isso. Mas também por propagarem abertamente, de forma escarnecedora e por todos os meios possíveis, que o evangelho não passa de uma farsa e que a religião é um grande mal à sociedade, semelhante ao que disse Karl Marx, quando declarou que “a religião é o ópio do povo”. Em nosso caso, o protestantismo evangélico, pois não estamos tratando meramente de religião, mas do evangelho puro e genuíno de Cristo Jesus, cujo poder pode salvar a humanidade pecadora (Mt 1.21; At 4.12).
O precioso evangelho de Cristo, entendido claramente por aqueles que o aceitam como Salvador, não deve estar suplantado debaixo dos pés dos incrédulos, cuja intenção é zombar da fé cristã. Russel Champlin, acerca da continuação do versículo em questão, comenta de forma equilibrada:
“Precisamos usar de cautela com tais pessoas [os zombadores], não evitando ajudá-las quando isso for possível, mas sem fazer da nossa religião verdadeiro motivo de zombaria da parte deles”.
O Que é o Limbo?
A Igreja Católica descobriu quatro lugares no além: céu, inferno, purgatório e limbo. Restringiremos este comentário ao limbo, objeto do questionamento. A palavra é oriunda do latim, limbus, cujo significado é “fronteira”. Este lugar foi arquitetado por Roma, a fim de solucionar um problema teológico em que a Bíblia não se expressa abertamente: o destino eterno das crianças que morrem sem adquirir consciência de seus pecados. Segundo o catolicismo, o limbo seria a “fronteira do inferno”, isto é, um lugar preparado para aqueles que não fazem jus ao céu, mas que também não merecem o inferno. A grande maioria das pessoas que possui alguma noção conceitual deste lugar limita-se a relacioná-lo às crianças. O limbo seria, portanto, o destino das pobres crianças que morrem sem batismo e que, por isso, são classificadas pela igreja romana como pagãs. Entretanto, o entendimento católico deste lugar envolve algo além disso, pois, conforme tal interpretação, há pelo menos dois tipos de limbo:
Jesus, por sua vez, menciona apenas dois caminhos, duas portas, dois fins (Mt 7.13,14; 25.34-46). Não há referências bíblicas além desses dois lugares depois da vida: céu e inferno. Nas línguas originais bíblicas, céu e inferno são chamados da seguinte maneira: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-31; 12.4-5). Devemos, no entanto, nos contentar com isso. Existem algumas correntes teológicas que se esforçam por explicar a fortuna das crianças que falecem antes da idade da razão, porém, esse assunto envolve muitas especulações e já não é alvo do questionamento aqui proposto. Para saber mais sobre o assunto, o leitor deve consultar a edição de nº 39 de Defesa da Fé, que traz a matéria intitulada “Inferno: é possível crer nesta doutrina em pleno século 21.
Maria Madalena era Prostituta?Consideremos o relato bíblico a respeito de algumas mulheres:
Maria Madalena: (Maria de Magdala).
Liberta dos demônios por Jesus (Lc 8.2). Servia a Jesus com seus bens (Lc 8-2-3). Esteve ao pé da cruz (Mt 27.56; Mc 15.40; Jo 19.25). Observou o sepultamente de Jesus (Mt 27.61; Mc 15.47). Chegou cedo ao sepulcro (Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 24.10; Jo 20.1). Viu a Jesus ressuscitado (Mt 28.9; Mc 16.9; Jo 20.11-18).
Certa pecadora
“E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento.” (Lc 7.36-47).
Essa pecadora não pode ser identificada com Maria Madalena, nem com Maria, de Betânia. Maria Madalena é citada nominalmente pelo mesmo evangelista, em Lucas 8.2: “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios”.
Maria irmã de Marta Tinha ela uma irmã chamada Marta (Lc 10.39) Assentou-se aos pés de Jesus e ouviu a Sua palavra (Lc 10.39)
Maria, de Betânia, irmã de Marta
Eram irmãs de Lázaro, a quem Jesus fez reviver (Jo 11.18...)
Maria, em Betânia
Enquanto Marta servia, Maria ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos (Jo 12.3) Foi em Betânia, na casa de Simão, o leproso (Mt 26.6; Mc 14.3) Foi em Betânia, onde estava Lázaro, que se achava presente. Estavam ali Marta e Maria (Jo 12.1-3)
Sobre as três últimas Marias, não há razão para não considerar tratar-se de apenas uma pessoa, isto é, Maria irmã de Marta, irmãs de Lázaro, a quem Jesus ressuscitou. Maria Madalena não pode também ser confundida com a pecadora referida pelo apóstolo João: “Os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério” (Jo 8.3). Portanto, o registro bíblico não nos autoriza a dizer que Maria, de Magdala, era prostituta, e que se trata da mesma pessoa citada em Lucas 7.36-47 e João 8.3.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
Deus Teve a Intenção de Matar Moisés?
“E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e o quis matar”. Êxodo 4.24
A rigidez da disciplina divina parece ser excessiva neste caso, todavia, como ocorre na seqüência de Gênesis 17.9-14, vemos, bem enfatizada, a ordenança de Deus que todo o macho (homem), que estivesse envolvido com sua aliança deveria ser circuncidado. O versículo 14, mais especificamente, prescreve morte para aqueles que não se submetessem a este rito, tanto os judeus quanto os seus escravos. Neste caso, a omissão de Moisés em circuncidar o seu primogênito, Gérson, teria atraído a ira divina pela desobediência. Infere-se, a partir do contexto, que Moisés teria sido tomado por uma enfermidade (“e o quis matar”), e, antes que a doença lhe tirasse a vida, o próprio Moisés determinou a Zípora, sua esposa, que efetuasse o rito (v. 25,26), granjeando dela o protesto que se lê no texto.
É Pecado Comer Carne de Porco?
Os que defendem a abstinência de carne de porco apresentam dispositivos da Lei do Antigo Testamento, como a seguir:
“Também o porco, porque tem unhas fendidas... este vos será imundo; da sua carne não comereis...” (Lv 11.7-8).
“Nem porco, porque tem unhas fendidas... imundo vos será; não comereis...” (Dt 14.8). “Os que se santificam e se purificam nos jardins uns após outros, os que comem carne de porco, e a abominação, e o rato juntamente serão consumidos, diz o Senhor” (Is 66.17; v. 65.4).
“Na revelação progressiva de Deus, mandamentos anteriores são substituídos por posteriores. Em questões que não envolvem alteração em nenhum padrão moral intrínseco (que é baseado na natureza de Deus), o Senhor tem a liberdade de alterar os mandamentos que ele deu às suas criaturas, de forma a servir a seus propósitos gerais, dentro do processo de redenção. Por exemplo, podemos comparar isso com os pais que, numa fase da vida de seus filhos, deixam-nos comer com a mão, para mais tarde ensina-los a usar uma colher. Posteriormente, ainda, eles instruem seus filhos a não mais usarem uma colher, mas sim um garfo. Não há contradição alguma nesse processo” (Norman Geisler).
“A lebre e o coelho (Dt 14.7) – Na Palestina, esses animais alimentavam-se de ervas venenosas e morriam geralmente cobertos de vermes. Barbatanas e escamas (v.9) - Esta proibição abrangia, sobretudo, os mariscos, por se alimentarem de imundícies, tal como sucede com as aves mencionadas nos versos de 12 a 18, que se deleitam com carnes em putrefação. As leis de hoje não permitem a venda de animais, que não sejam abatidos em condições apropriadas e após exame médico” (Novo Comentário da Bíblia). Os porcos estão incluídos no rol dos animais que se alimentavam e se alimentam de coisas impuras, exceto os que são criados em boas condições de higiêne. “Na avaliação dos cientistas, pesquisadores e professores [que participaram do Zootec 2004, VI Congresso Internacional de Zootecnia e o XIV Congresso Nacional de Zootecnia, em Brasília], a alta tecnologia está transformando a suinocultura e trazendo resultados surpreendentes. Para se ter uma idéia das mudanças, eles agora elevam o suíno à categoria de indispensável na melhor qualidade de vida do homem. Hoje, a maioria dos rebanhos no Brasil se desenvolve em locais de total confinamento, longe das doenças e os animais são criados sobre o cimento limpo. A higiene é tamanha que o pêlo cresce branco e a carne do porco adquiriu um tom róseo. Com isso o consumidor tem à sua disposição no supermercado carne de excelente qualidade e com elevada garantia sanitária”.
As proibições eram adequadas às condições daquela época. O nível de conhecimento dos israelitas era muito precário. Não faziam distinção entre animais puros e impuros. Não sabiam qual o tipo de alimento que poderia causar dano à saúde. Hoje, conhecemos muito bem as razões por que não consumimos carne de abutre (urubu), e sabemos que as carnes colocadas à venda precisam ser fiscalizadas pelos órgãos competentes. Não faço apologia à carne de porco. Analiso a questão de ser ou não ser pecado consumi-la.
Para que o mal fosse erradicado, muitos dos castigos aplicados pela lei mosaica eram severos: apedrejamento de filhos rebeldes (Dt 21.21); apedrejamento de moça por falta de virgindade, conforme alegação do marido (22.21); obrigação de um homem casar com a viúva do seu irmão (25.5); tratamento dispensado aos leprosos (Lv 13-14).
Todavia, devemos buscar na própria Bíblia as razões pelas quais estamos desobrigados de prestar obediência a essas recomendações.
A Nova Aliança em Cristo está confirmada em melhores promessas. É muito superior à anterior. “Se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda; porem as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; serei misericordioso para com suas iniqüidades; dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hb 8.6,10,13).
Em Roma, não havia entendimento entre os crentes: alguns entendiam que deveriam comer só legumes; outros, além de legumes, comiam carne. O apóstolo não condenou nenhuma das partes. Disse: “O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; o que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a Deus” (Rm 14.3-6). “Paulo declara que o ato de comer, em si, não é problema moral, mas a nossa atitude pessoal sobre o que se come pode levar ao injusto julgamento de uns para com os outros” (Bíblia de Estudo Pentecostal - BEP). Mais adiante, o apóstolo esclarece que “nenhuma coisa é de si mesmo imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Rm 14.14,23).
O apóstolo esclarece que a lei de Moisés foi cravada na cruz, isto é, abolida (Cl 2.14), não havendo, pois, motivo para sermos julgados pelo que comemos ou bebemos, pelos dias de festa, de lua nova, ou dos sábados (v.16). Diz também que as antigas ordenanças eram sombras das coisas futuras; elas apontavam para o porvir.
“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies?” (Cl 2.20). A nossa salvação não está condicionada ao cumprimento da lei. Nenhum homem jamais conseguiu cumprir todas as ordenanças. Por isso, estávamos todos mortos em nossos delitos (Rm 3.23), Deus estabeleceu o plano de redenção mediante o sacrifício de Cristo: “Na Sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...” (Ef 2.15). Porque não estamos mais debaixo da lei, e sim da graça, o pecado não tem domínio sobre nós (Rm 6.14).
Já não dependemos da Lei e dos sacrifícios do Antigo Testamento para sermos salvos e aceitos diante de Deus. Os que vivem ainda segundo a Lei, por ela serão julgados, e não terão a mínima chance de salvação. Somos salvos pela graça, mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, não pelas obras, pelo cumprimento dessa ou daquela ordenança (Ef 2.8-9). Agora, estamos livres da lei, para a qual morremos (Rm 7.6).
“Portanto, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1).
Como foi dito no início deste trabalho, a revelação de Deus é progressiva. Na aliança noética, logo após o dilúvio, Deus declara que “tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde”. A exceção era quanto à carne com seu sangue (Gn 9.3-4). Na lei mosaica, o consumo de carne se torna mais seletivo. Não mais prevalece a abertura dada a Noé para consumir qualquer espécie (Levítico 11 e Deuteronômio 14). A Nova Aliança em Cristo Jesus nos exorta a uma vida plena na direção do Espírito. A lei era indicativa das coisas futuras e serviu como “aio” ou tutor do povo de Deus até que viesse a salvação pela fé em Cristo (Gl 3.23-25). “Nessa função, a lei revelou a vontade de Deus para o comportamento do seu povo (Ex 19.4-6; 20.1-17; 21.1 – 24.8), proveu sacrifícios de sangue para cobrir os pecados (ver Lv 1.5; 16.33) e apontou para a morte expiatória de Cristo (Hb 9.14; 10.12-14). A lei foi dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (Gl 3.24). Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (v.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação, agora, tem lugar de conformidade com as provisões no novo concerto, a saber, a morte expiatória de Cristo, a sua ressurreição gloriosa e o privilégio subseqüente de pertencer a Cristo (vv 27-29)” (BEP).
Falando sobre a nova vida debaixo da graça e sobre a rejeição dos judeus à justiça de Deus, o apóstolo declara que “o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). Então para que a lei? Ele mesmo responde: “Foi ordenada por causa das transgressões, ATÉ que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita” (Gl 3.19). E como opera a lei de Cristo? “Porque toda a lei se cumpre numa só palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14).
Dito isto, lembremo-nos das palavras do apóstolo. Se a minha atitude servir de escândalo aos irmãos, deixarei de comer carne de porco, ou de fazer qualquer coisa que me pareça lícita e não pecaminosa. Que a nossa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos (Gl 8.9). Aqueles que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual pecam, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo: “Pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (vv 12-13).
Finalmente, a questão da carne de porco e de outras ordenanças da antiga lei foi resolvida há dois mil anos, na primeira conferência deliberativa, em Jerusalém. Anciãos e apóstolos se reuniram para decidir se a circuncisão e a obediência à lei de Moisés eram necessárias à salvação em Cristo. Os conferencistas, guiados pelo Espírito Santo, concluíram que os gentios eram salvos pela graça do Senhor Jesus, concedida ao que se arrepende do pecado e crê em Cristo como Senhor e Salvador (v.Rm 10.9). A carta enviada aos irmãos em Antioquia, através de Judas e Silas, resumiu a decisão tomada:
“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes” (At 15.28-29). A resolução estabeleceu limites e possibilitou a “convivência harmoniosa entre cristãos judaicos e seus irmãos gentios”.
Batismo - Em Nome de Jesus ou da Trindade?
Com certeza, os batismos deverão ser efetivados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, conforme a palavra do Senhor Jesus (Mt 28.19).
O fato de a igreja primitiva haver realizado batismos apenas em nome de Jesus não é motivo para fazermos hoje da mesma forma. Em primeiro lugar está a palavra de Deus. Esta deve prevalecer sempre. A forma sacramental do batismo é a que foi ordenada pelo Senhor Jesus, como é feito há dois mil anos.
Os registros de batismos em “nome de Jesus” estão em Atos 8.16; 10.48; 19.5; 1 Co 6.11. Apesar disso, não se pode concluir que TODOS os batismos – milhares – na igreja primitiva seguiram a mesma forma. Esses batismos divergiram do recomendado pelo Senhor Jesus apenas na forma, não na essência. Daí porque não houve necessidade de novo batismo. Não podemos dizer que a igreja primitiva cometeu o pecado da desobediência. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma unidade composta. O Deus triúno subsiste nessas três pessoas. O batismo em nome do Senhor Jesus significou o batismo em nome da Trindade. O batismo "em nome do Senhor" não objetivou definir a fórmula ritual do batismo (cf. Mt 28.19), mas o significado do próprio rito: profissão de fé em Cristo, tomada de posse, por Cristo, daqueles que doravante lhe são consagrados. "Em nome do Senhor" pode significar que a ordenança fora do Senhor Jesus e se dá como resultado da fé nEle.
Se devêssemos seguir totalmente os exemplos da igreja primitiva, deveríamos hoje viver numa grande comunidade cristã, em que os bens deveriam ser vendidos e o valor correspondente deveria ser entregue aos ministros para ser revertido em benefício de todos (At 4.32, 34, 35). O nosso padrão de conduta, a nossa regra de fé e prática é a Palavra. No caso sob comentário, é a palavra do Senhor Jesus que deve ser levada em conta.
Alguns que teimam em batizar em apenas em nome de Jesus não o fazem por ignorância ou por desejar ser fiel à prática primitiva. Por negarem a doutrina da Trindade, procuram desvios. O batismo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo é uma declaração mais do que explícita da divindade do Filho e do Espírito. Mas como explicam as seguintes declarações do Senhor Jesus: “EU E O PAI SOMOS UM” (Jo 10.30) e “QUEM ME VÊ A MIM VÊ O PAI” (Jo 14.9)? E a declaração de Tomé: “SENHOR MEU, E DEUS MEU” (Jo 20.28), declaração esta que Jesus não contestou?
A Fórmula do Batismo
“Alguns argumentam que o batismo tem que ser feito só em nome de Jesus, mas afirmar isso acerca da fórmula batismal é uma prova de falta de conhecimento Bíblico e teológico. Quem pensa assim criou uma fórmula que não existe modelo nas Escrituras. A menção do batismo em nome de Jesus (Atos 2:28; 8:16; 10:48 e 19:5) encontra-se em passagens que não tratam da fórmula batismal, e, sim, de atos ou eventos feito em nome de Jesus, pois tudo o que é feito em nossas vidas é em nome de Jesus. Veja o que diz o apóstolo Paulo em Colossenses 3:17: "E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". O cristão quando se reúne, se reúne em nome de Jesus; Quando louva a Deus com cânticos, louva em nome de Jesus; Quando apresentamos uma criança, apresentamos em nome de Jesus;... e quando realizamos um batismo, realizamos em nome de Jesus, mas de acordo com a fórmula dada por Cristo: "Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo" (Mt.28:19). Os textos do livro de Atos só nos mostram essa realidade e não uma fórmula batismal, veja: Atos 2:38 - "Em nome de Jesus Cristo"; Atos 8:16 - "em nome do Senhor Jesus". Se essas passagens revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois qualquer fórmula é padronizada. O que a Palavra está dizendo e que as pessoas eram batizadas na autoridade do nome do Senhor Jesus, mesmo porque não é possível que Pedro, pouco tempo depois da ordem de Jesus, em Mateus 28:19, agisse de modo tão diferente, alterando a fórmula batismal”.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário